quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Muito bem acompanhados.

A música tem diversas funções, como eu prometi mostrar para vocês. Mas tem uma que é peculiar a ela. Elas fazem companhia para milhares de pessoas e pode ser até ao mesmo tempo. Curioso? Mas é a pura verdade, talvez uma garota ponha para tocar Lady Gaga enquanto está tomando banho, já outra, no mesmo momento, escuta a mesma artista e o mesmo som enquanto se arruma para sair. Música que serve para acordar ou para fazer dormir. Pelo Ipod, Mp3, violão, rádio, internet, fone ou pela vitrola. Na praia, no carro, no ônibus, no quarto e na rua. Ou se cria tempo para ela, ou escuta ela dentro do tempo que se tem: enquanto trabalha. Útil ao agradável, muitas pessoas utilizam da música para se distrair enquanto fazem algo muito cansativo, para sair do tédio e até mesmo para se “libertar”. Algumas letras curam até dor de cotovelo, outras fazem ainda ficarmos mais amargurados. E se não tem ninguém em casa, a gente aumenta o volume, se tem muita gente e parece não ter ninguém, a gente coloca o fone.Para toda forma de estar, uma canção.

Entrevistei muita gente para fazer um levantamento de qual o momento que a música é mais oportuna e agradável para se ouvir . Percebi que não importa o Estado ou o país, as utilidades são as mesmas. Aqui vão alguns exemplos de situações:

  • · Dentro do carro
  • · Dentro do ônibus
  • · Enquanto navega pela internet
  • · Estado de humor: Triste
  • · Estado de humor: alegre
  • · Hora de sair
  • · Hora de estudar
  • · Hora do banho
  • · Hora de cozinhar
  • · Hora de trabalhar
  • · Enquanto viaja
  • · Toda hora

Leia alguns depoimentos interessantes a respeito da companhia necessária da música e as respectivas preferências dos ouvintes:


Enquanto trabalha:

"Como eu trabalho com musica é uma obrigação escutar os mais diversos estilos, aquelas que eu gosto e as que eu não gosto também por obrigação de trabalho mesmo. Mas mesmo assim quando estou escrevendo algo ou fazendo alguma coisa simples de trabalho, pode parecer curioso, mas sempre também escuto algumas musicas só que nos estilos que gosto (jazz musica brasileira, rock ingles). Acho que sou privilegiado porque na empresa que trabalho é permitido escutar música, até porque, ela faz bem."

Patrick Blancos França, 24 anos

Musico


Enquanto viaja :

"É um costume. Escuto música durante as minhas viagens porque necessito. Tenho medo das viagens, estradas movimentadas, turbulências, entre outras características. Sim, sou medrosa. Confesso. Mas vamos ao que interessa. Música me envolve num outro mundo. As letras acabam me transportando pra história que os compositores contam. Sabe? Gosto de escutar as músicas que vou cantar, sempre ouço meu repertório pra aprender mais, caprichar nos detalhes. Sou hiperativa, ansiosa e elétrica. Aí, ouço músicas calmas, isso me traz paz e eu consigo por alguns instantes ficar mais calma. Hehe. É verdade. Ah, a música sempre me ajuda. Durante as viagens, durante tudo. Ouça música e seja feliz!"

Paulla Mirella Teixeira e Silva, 21 anos

Cantora e jornalista.


Dentro do carro

"Eu não consigo dirigir sem música. Nossa, foi até engraçado, esse ano a frente do meu som estragou, o pininho que segura ele. Como estava sem tempo de trocar, eu tive que colocar até durex para dar para eu escutar música. Gosto de ouvir músicas na rádio, pela diversidade das músicas eu prefiro o rádio, porque muitas vezes a música que toca lá não tem nos meus CDs. Eu gosto muito de rock’roll, por isso gravo CD’s porque é o que menos toca nas rádios, é muito bom para enfrentar o trânsito."

Liliane Corrêa Jornalista, 40 anos

Jornalista / Editora do Jornal Aqui BH


Enquanto cozinho

"Eu escuto música quando estou cozinhando porque uma forma de juntar o útil ao agradável. Na verdade eu escuto música fazendo tudo, arrumando casa, tomando banho. É uma forma de otimizar o tempo, você está fazendo uma obrigação e um lazer ao mesmo tempo. Escuto rádio, gosto de tudo, de menos funk. Como escuto com minha filha, a gente vai alternando: uma hora na rádio que eu gosto, outra hora na que ela gosta. Começo dançar, faço tudo, depende do meu humor, se eu estou triste, eu canto que canto mesmo, se estou feliz, danço, faço até pirueta. Ouvindo música eu me transformo, adoro, a música me emociona."

Elizabeth Ferreira Alves, 32 anos

Auxiliar Administrativa - Puc Minas


Para qualquer crença ou estado de espírito:

"Amo música, é algo muito importante pra mim. Como nasci em um lar evangélico, desde sempre tive contato com a música (as igrejas costumam ter um ministério de louvor - pra vocês é como se fosse uma banda).Ouço e 'faço' música com o objetivo de adorar a Deus. Como penso que devo adorar a Deus em todo tempo, sempre estou ouvindo música. Essa combinação de música e adoração, me traz alegria, ânimo, paz, reflexão... enfim, muitas sensações e reações dependendo da música em si e do momento. O 'estilo' das músicas que gosto é denominado de 'louvor e adoração', são músicas evangélicas com letras quase sempre tiradas/inspiradas da/na bíblia ou que expressam nossa fé ou sentimento. Na verdade, essa 'modalidade' engloba vários estilos, desde bossa nova até rock do mais pesado, tem música pra gregos e troianos. Particularmente, prefiro as músicas internacionais. Ouço quando estudo, quando o computador estar ligado, na igreja, no ônibus... diria que a maior parte das horas de um dia."

Rafael Junio Abreu, 19 anos

Matemática Computacional - UFMG


Música para toda hora:

Escuto música toda hora e sou bem eclético. Escuto de tudo, seja quando eu estou sozinho em casa ou acompanhado, escutar musica pra mim é uma questão de estado de espírito, para mim é uma troca de energia. Se eu estou apaixonado escuto sertanejo, já no dia a dia escuto músicas mais tranqüilas, quando não há sentimento especial eu escuto rock. Acho que rock é meu estilo "favorito", mas depende, se é uma sexta feira a noite e estou me arrumando pra alguma balada ouço uma house. uma musica eletrônica, pra esquentar. Mas as vezes é o contrário ao invés de eu me sentir de uma forma e colocar a musica pra corresponder àquilo, eu coloco uma musica que me transmita o que ela em si representa sabe? Se quero ficar mais tranqilo, dar uma acalmada..coloco uma musica clássica, um reggaezinho. Música me deixa melhor.

Thiago Tristão Nunes Lopes, 20 anos

Estudante



terça-feira, 7 de setembro de 2010

A música capaz de fazer alguém gostar de física

Foco: Função didática

Personagem Principal: José Inácio da Silva Pereira

( “Professor Pachecão”)

Localidade: Belo Horizonte


As “aulas show” foram muito conhecidas nacionalmente ilustradas pelo professor Pachecão. O mineiro levou seu exemplo bem sucedido do uso da música dentro do ensino para vários programas globais como Jô Soares e Xuxa. Pachecão ainda atou como ator, contudo a vida da telinhas imitava a vida real, o seu papel era de um professor que através de suas músicas ensinava, exatamente como era a sua rotina. Gravou um disco chamado "Odeio física" com algumas de suas composições que usava dentro da sala de aula e vendeu 70 mil cópias com os seus sucessos. Além disso, ele fez vários shows em diversas localidades , e chegou a dar aula em 5 estados durante uma mesma semana, mas toda esse sucesso só aconteceu graças ao agrado quase unanime do seu modo de dar aula inicialmente no colégio Champagnat.

Morador de Laranjal, dotado de grandes sonhos, ele não imaginava que faria algo que se destacasse dessa maneira. Aprendeu a tocar violão apenas para chamar atenção de uma antiga pretendente, mas foi através deste instrumento que conseguiu chamar a atenção da sua primeira turma. Ele foi convidado para substituir um professor de física e somente para efeito de “sossegar” a turma ele cantou uma música. Os alunos gostaram e a partir desse momento, um aluno o pediu para que cantasse uma música sempre que entrasse na sala de aula. Um pouco depois de ter começado a dar aulas de física o seu repertório acabou e ele começou a adaptar músicas de seus ídolos ao conteúdo da física.

A experiência pessoal do Professor Pachecão faz ele afirmar que a música é um meio eficaz para chamar o aluno a conhecer uma disciplina. De Laranjal para as salas de aula, o professor de física conseguiu fazer muitos alunos que não gostavam de física pelo menos aceitá-la e tentar compreende-la. Ele afirma que há muitos jovens que não suportam ouvir nem o nome da matéria, tem outros que aceitam , já outros acham que gostam e ainda alguns que tem orgasmos com as explicações. Mas ele ainda diz que o resultado do uso da música na educação é geral e veio de forma concreta: “ Eu fui testado pelo diretor, tinha muitos professores que reclamavam e ele ficava de olho nas provas, e as notas estavam mesmo melhorando muito.” O segredo seria falar a linguagem do jovem e a música hoje, independente do seu ritmo, agrada a todos e é além de tudo uma forma de interação com os alunos. Ele canta suas musicas de acordo com o nível de dificuldade das matérias, quanto mais difícil o conteúdo, mais vezes eram cantadas as canções.

Ele não ignora a parcela de educadores que não concordam com essa lógica de ensino: “Muitos professores reclamavam do barulho das aulas e iam contar para o diretor” . Mas ele disse que não havia como escapar da idéia de que a música atraia os alunos e tornavam as aulas ainda mais produtivas.O personagem ainda conta que tem o lado oposto também, ele diz que muita gente seguiu o seu modelo e hoje ele sabe de casos espalhados por todo o Brasil, de professores que pegaram canções e colocaram nela o conteúdo de disciplinas como Matemática, Biologia, entre outros exemplos.

Assista à um vídeo exclusivo do Professor Pachecão dando uma palinha de uma de suas músicas

Conheça mais letras do Professor Pachecão


Música sem fronteiras

Vai do pancadão à bossa nova, não importa, o fato de gostarmos de música é indiscutível. O Brasil não discute gosto, os ritmos se misturam nas festas e as música se encaixam na nossa rotina. A música é usada para variadas funções, ela está em qualquer cantinho de qualquer lugar.. Tem música para terapia, para te fazer aceitar a física, para te relaxar na volta do trabalho e até para se viver dela. Tem gente que gosta de ouvi – la baixinho, outros preferem os artistas preferidos “no talo” e para outros o volume alto é coisa que incomoda. O fone de ouvido foi uma evolução, já que com ele é possível ouvir em qualquer canto, seja no ônibus, na rua ou até mesmo enquanto estuda ou trabalha. Mas isso não exclui situações como ligar o radinho em casa, seja movido à pilha ou a energia, no carro ou no computador. A difusão dos sons vem de forma assustadora. Seja instrumental ou com letra. Internacional ou nacional. Ela faz sucesso, seja importada ou daqui mesmo, de grandes “nomes” ou de bandas independentes.



O blog tem o objetivo de reparar um pouco mais sobre as diversas manifestações da música na sociedade. Será levada em consideração sugestões e boas curiosidades.